Fadas e Bruxas

Cada local do mundo é guardado por espíritos protetores, conhecidos como espíritos ancestrais, elementais, curupiras, fadas...chamados de muitos nomes e citados em diversas culturas.  Cada praça, cada jardim, cada floresta, bosque, parque, cachoeira, praia, montanha, todos esses lugares são cuidados, vigiados e guardados. Por isso, é muito importante respeitar os locais que visitamos, mas como podemos demonstrar esse respeito? Não jogando lixo, limpando, organizando, cuidando do local, agradecendo, deixando oferendas (não poluentes). Sempre que eu passo por um lugar e aprecio algo como uma pedra, uma planta ou o que quer que seja, faço uma análise da situação: realmente preciso daquilo? Há seres vivos habitando esse objeto? Esse objeto participa da harmonia do local? Se eu decido levar embora, peço permissão, agradeço e deixo algo em troca. Um exemplo prático é a cidade de Pompéia, que recebe milhares de turistas todos os meses. Alguns turistas gostam de pegar pedrinhas e...

Esse lindo cristal tem uma cor maravilhosa, que varia do violeta azulado ao roxo profundo. É uma variação violeta do quartzo, eu acho uma das pedras mais lindas da Natureza. Os países onde há maior presença dessa pedra são Brasil, Uruguai, Rússia e Índia. Aqui no Brasil tem bastante no Rio Grande do Sul, em Minas e na Bahia. Essa pedra tem significado ligado ao esclarecimento, à espiritualidade à fé e aos sonhos. Eu gosto de manter uma ametista na sala da minha casa para harmonizar as energias do ambiente e neutralizar qualquer negatividade que passe pela porta de entrada. Esse cristal tem uma força de transmutação bem forte, transformando energias densas em sutis e agradáveis. Uma dica é usar uma ametista junto ao corpo, como joia ou amuleto. Pode-se utiliza-la junto ao centro energético (chackra) que deseja revigorar e transmutar. Uma forma mais tradicional de uso consiste em posiciona-la no centro energético pineal durante a meditação (onde fica a glândula pineal, ligad...

Dia 21 de Junho entramos no Inverno, a estação festejada como Yule na cultura celta e entre os wiccans e bruxas. Nessa data, o sol está em seu ponto mais baixo, isso significa que está distante do Trópico de Capricórnio aqui no Hemisfério Sul, e perpendicular ao Trópico de Câncer no Hemisfério Norte, onde é Verão. Astrologicamente, Sol entra no signo de Câncer.  No Brasil, as características das estações do ano são diferentes das da Europa, alguns afirmam que temos estações da Água, épocas de cheia (Verão) e seca (Inverno).   É época de recolhimento, a escassez da estação nos ensina a valorizar os recursos que temos, a deixar ir o que não nos serve mais, para que possamos renascer na Primavera. Em Yule devemos celebrar a partida, o retorno do espírito ao Outro Mundo, já que em 21 de junho a escuridão atinge o ápice, mas logo em seguida inicia-se seu declínio rumo à Primavera, à luz. A criança prometida, concebida na Primavera, vem ao mundo simbolizando o calor do Sol, que ...

Esbat ou Esbá é a comemoração da fase Cheia da Lua no calendário de celebração das bruxas. Na bruxaria, a conexão com a Natureza é um dos pilares mais importantes pois é através dessa conexão que podemos manter um relacionamento com o Sagrado, com nossas forças interiores e inclusive com as forças externas, integrando-nos à teia de tudo o que existe. Somos feitos de poeira cósmica assim como tudo o que existe e isso já é um motivo para acreditarmos na sacralidade e numa interconexão sutil, em vários níveis, da Natureza. Por isso, onde há natureza há bruxa e onde há bruxa há natureza. Ambas caminham e se cuidam juntas. A celebração dos ciclos da natureza é divida entre festivais solares e telúricos (Sabás, Sabaths, Sabats) e festivais lunares. Os festivais solares e telúricos compreendem as estações do ano (Primavera, Verão, Outono e Inverno - sabás menores) e algumas comemorações mitológicas (sabás maiores - em honra a deuses e deusas como Brigid e Lugh, por exemplo, entre ou...

A Camomila é uma planta intimamente ligada à saúde da mulher e à sua espiritualidade. Essa erva é usada há milênios pelas sábias curandeiras e parteiras que passaram por esse mundo e transmitiram sua sabedoria e cura. Hoje em dia, a sociedade onde vivemos tende a enxergar as bruxas, os espíritos da natureza e as ervas de maneira infantilizada, pueril, como "chazinho da vovó", mas a verdade é que na maior parte da história da humanidade as mulheres que curam e as ervas foram cruciais para a sobrevivência da nossa espécie, pois forneceram recursos importantes para prestar cuidados, conforto. A Natureza hoje é vista como mera fornecedora de recursos naturais e riquezas, sua sacralidade e significado óbvio como essencial para nossa existência foram banalizados e negados. Há grande tendência a racionalizar (dar explicações racionais e intelectuais) à exploração desenfreada. A maneira de enxergar o mundo muda no decorrer da história. A cura, os tratamentos e as ervas nem se...