Yule - Solstício de Inverno

Dia 21 de Junho entramos no Inverno, a estação festejada como Yule na cultura celta e entre os wiccans e bruxas.

Nessa data, o sol está em seu ponto mais baixo, isso significa que está distante do Trópico de Capricórnio aqui no Hemisfério Sul, e perpendicular ao Trópico de Câncer no Hemisfério Norte, onde é Verão. Astrologicamente, Sol entra no signo de Câncer. 

No Brasil, as características das estações do ano são diferentes das da Europa, alguns afirmam que temos estações da Água, épocas de cheia (Verão) e seca (Inverno).  

É época de recolhimento, a escassez da estação nos ensina a valorizar os recursos que temos, a deixar ir o que não nos serve mais, para que possamos renascer na Primavera. Em Yule devemos celebrar a partida, o retorno do espírito ao Outro Mundo, já que em 21 de junho a escuridão atinge o ápice, mas logo em seguida inicia-se seu declínio rumo à Primavera, à luz. A criança prometida, concebida na Primavera, vem ao mundo simbolizando o calor do Sol, que volta a crescer em potência à partir desta data.

Mitologicamente, o Sol é simbolo de muitos deuses e deusas pelo mundo ligados à luz, à clareza, ao vigor, à fertilidade, pois é sua luz que permite a germinação da natureza e que traz calor à Terra. Em muitas mitologias os deuses e deusas representados pelo sol se escondem nessa época, vão ao submundo ou mesmo são sacrificados.

Deuses Ctônicos e telúricos também têm seus mitos representando a ciclicidade das estações.

Nos Mistérios de Elêusis, Coré é raptada pelo deus do submundo Hades e sua mãe Deméter se entristece, fica sabendo do rapto através do Deus Hélios (Deus do Sol grego) e por isso há grande escassez na Terra. Então, ao final do mito, é realizado um acordo e Coré, passa a ser Perséfone (Rainha do Submundo), passando três meses do ano no Submundo, quando é Inverno, e nove meses do ano na superfície, quando é Primavera, Verão e Outono.