Bruxas em Jundiaí colonial
A Universidade de São Paulo está estudando documentos de um processo inquisitorial do Brasil Colonial, em Jundiaí/SP, onde duas mulheres foram acusadas e julgadas pela prática de bruxaria. A pesquisadora Nayaran Porto analisou em sua pesquisa de mestrado Feitiçaria paulista: transcrição de processo-crime da Justiça Eclesiástica na América portuguesa do século 18 . Esta foi apresentada na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, no projeto Bruxas Paulistas, sob orientação de Marcelo Módolo.
Foram encontradas mais evidências históricas brasileiras que confirmam que a Inquisição era um mecanismo de vigilância, controle e exercício de poder sobre população de acordo com a moralidade religiosa da época. Muitas acusações eram motivadas por interesses financeiros e políticos. Muitas vezes, mulheres em situações de fragilidade patrimonial eram acusadas e julgadas sem provas.
As práticas ditas como "criminosas" na época mais combatidas e praticadas no Brasil colonial eram o concubinato (um casal morar junto sem se casar na Igreja) e a realização de superstições (bruxaria, curandeirismo).
À partir de meados do século XVII, a Inquisição muda suas estratégias no Brasil: pessoas como comerciantes e civis podiam atuar como vigilantes do comportamento das pessoas, ajudando a inspecionar e acusar as pessoas.
Negros escravizados realizavam suas práticas religiosas e muitas vezes eram procurados por pessoas católicas para vingança, encantamentos de amarração ou para curar doenças.
Assista aos vídeos abaixo onde os pesquisadores falam sobre os documentos encontrados:
Bruxas paulistas: mulheres acusadas de matar usando feitiçaria - Parte 1
Bruxas paulistas: mulheres acusadas de matar usando feitiçaria - Parte 2
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